História

A Quinta do Romeu produz um dos melhores azeites do mundo, vinhos DOC Douro e do Porto de alta qualidade e cortiça. A produção é exclusivamente de Agricultura Biológica certificada, com o intuito de ser saudável, amiga do ambiente e preservar os aromas dos frutos.

A cada ano pretende-se produzir um vinho e um azeite melhor do que os do ano anterior. É esta a maneira de ser da Quinta do Romeu. Ao criar um lote de vinho, tem sempre presente o do ano anterior, com o intuito de melhorá-lo.

A Quinta do Romeu foi fundada em 1874 por Clemente Menéres e está dispersa por oito concelhos do distrito de Bragança.

Clemente Menéres tinha, no século XIX, uma visão própria e um novo caminho a percorrer. As suas ambições iam para além do seu país e família. Nasceu em 1843, em Vila da Feira. Emigrou para o Rio de Janeiro aos 15 anos, onde então residiam parentes seus. Regressou cinco anos depois, para se dedicar ao comércio. Viajou pela Europa Central e de Leste e pelo Médio Oriente, dedicando-se à procura de novos mercados. Fundou várias sociedades de exportação de produtos portugueses, nomeadamente vinhos, conservas e cortiça. Criou a primeira fábrica de conservas e a primeira fábrica de rolhas em Portugal.

Em 1874 partiu em carro de cavalos para Trás-os-Montes a fim de comprar uns sobreirais que ouviu dizer que por lá havia. Fundou uma propriedade, a Quinta do Romeu, com milhares de hectares dispersos por oito concelhos do distrito de Bragança. Refez as vinhas que se encontravam dizimadas pela filoxera e expandiu os olivais que lá existiam.

Na remodelação da Região do Douro de 1907, é confirmada a autorização para produzir Vinho do Porto (que já detinha desde 1887, justificada pela qualidade dos vinhos e do “terroir”).

Ainda no Séc. XIX, Clemente Menéres participou em várias feiras e exposições na Europa, na América do Sul e na Ásia. O diplomata Venceslau de Morais, no seu livro “Cartas do Japão”, refere, com elogios, a presença de Clemente Menéres na Feira de Osaka de 1903, logo após a abertura do Japão aos estrangeiros.

Foi em 1902 que fundou, com os filhos, a actual Soc. Clemente Menéres, Lda. que detém a Quinta do Romeu.

Há cerca de 100 anos, e porque o Estado estava esquecido desta região, a família Menéres criou no Romeu uma escola, contratou a professora, fundou a Casa do Povo, biblioteca, farmácia e assegurou assistência médica. Recuperou também a capela de N.ª S.ª de Jerusalém do Romeu. Na década de 60, um dos filhos de Clemente Menéres, Manoel Menéres, restaurou e renovou pessoalmente três aldeias locais. Criou infantários, um restaurante, o “Maria Rita”, e o “Museu de Curiosidades”.

Passou esta Sociedade os tempos da implantação da República, das duas grandes guerras, da revolução de Abril de 1974 e da integração europeia. Actua agora no palco global (europeu, americano e asiático) com produtos de reconhecida qualidade.

Após a morte de Clemente Menéres, sucederam-lhe os filhos, netos e bisnetos. É com o mesmo espírito que os seus descendentes continuam a obra e aperfeiçoam a Quinta do Romeu: com carinho, dedicação e muita persistência.

Actualmente esta Sociedade familiar é gerida por João Pedro Menéres, João Menéres e Nuno Espregueira, pertencentes à 4ª, 5ª e 6ª geração.

Procura-se, na Quinta do Romeu, uma harmonia entre as pessoas, as culturas agrícolas, o ambiente e a economia. Como se fosse música. Ética e socialmente empenhados. Conscientes dos pés na terra e do Divino no céu, alimentados por Ambos.

Acredita que só assim a sua actividade vale a pena e os seus produtos poderão ter um carácter próprio e de excelência.

Se visitar a Quinta do Romeu, isso sente-se. Principalmente no “Restaurante Maria Rita”, onde pode provar e sentir tudo isto.

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